quinta-feira, 2 de abril de 2020

Redação para o Enem e vestibulares


Dissertação argumentativa   

A Linguagem
    
     Uma das principais características da linguagem presente no texto dissertativo-argumentativo é a clareza. A leitura desse tipo de texto deve oferecer elementos textuais suficientes para que a interpretação por parte do leitor seja feita com fluidez, portanto, a linguagem dever ser direta e clara.
     Além disso, outro importante aspecto é a objetividade, visto que esta permite que o texto esteja ancorado nos fatos e na lógica, e não em impressões (subjetivismos). È por isso que não se fazem referências aos interlocutores nesse tipo de texto, sendo, assim, raro o emprego de pronomes de tratamento, vocativos, pronomes de primeira e segunda pessoa ou de verbos no imperativo.
     Dessa forma, pode-se dizer que a impessoalidade é uma marca da dissertação argumentativa. Os pronomes de terceira pessoa, as construções passivas e o uso dos nós genérico são maneiras de se aproximar da impessoalidade e, consequentemente, de se afastar de uma escrita muito subjetiva e/ou pessoais.
   Pode-se dizer que um dos motivos que levam à proliferação da violência urbana é a ociosidade dos jovens que vivem nas comunidades. A falta de atividades culturais ou educacionais deixa o jovem à margem das oportunidades de crescimento.
     A construção na voz passiva “Pode-se dizer”, ao esconder o agente da ação, procura, na verdade, esconder o próprio enunciador, que se priva, assim, de escrever “Posso dizer”.  Outrossim, a ausência dos pronomes de primeira e de segunda pessoa reforçam o sentido de objetividade do texto.
     Vivemos em uma sociedade na qual necessitamos estar a par das mudanças políticas, visando formar uma opinião crítica sobre a realidade que nos cerca.
     Nesse excerto, o enunciador se dissimula na forma verbal “vivemos” (nós genérico).
   Em síntese, de forma ideal, a linguagem do texto dissertativo-argumentativo deve apresentar as seguintes características: certo grau de informatividade; clareza; estruturação em períodos articulados e coesos (não se recomendam frases muito longas e truncadas, que dificultem a fluência da leitura.); preferência pela 3ª pessoa; predomínio da ordem direta das orações (Sujeito + verbo + complementos verbais + adjuntos adverbiais); ausência de interlocução com o leitor; predomínio da função referencial da linguagem.

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